O PÊNDULO DA VIDA
Quando colocamos a nossa percepção em amplitudes cada vez maiores, feito ampliar o zoom no Google Maps, detalhes em escalas mais particulares vão sendo aglutinadas pela composição mais coletiva e orgânica da vida.
Os detalhes continuam lá, e continuam a nos afetar e a receberem a nossa devida atenção.
No entanto, conforme vamos ampliando cada vez mais a nossa percepção, verificamos os efeitos crescentes destes detalhes. Detalhes, estes, até então, considerados mais particulares por nós. Estes efeitos atingem a vida de muito mais seres, que já estavam lá dentro de cada nível coletivo, que aos poucos vamos alcançando a cónsciencia.
As nossas responsabilidades também vão aumentando.
O nosso senso de que somos um Organismo Coletivo, Vivo e Dinâmico vai se desenvolvendo cada vez mais.
Passamos a fazer escolhas que reflitam o bem comum de todos aqueles que estejamos envolvidos.
Passamos a sentir o outro como parte nossa.
As singularidades de cada um passam a serem interpretadas como cores vivas, vibrantes, únicas, e que nos enriquecem e diversificam mais e mais a nossa experiência de vida.
As diferenças passam a serem valorizadas.
As divergências passam a serem aceitas e apaziguadas.
Passamos a compreender, com maior clareza, que, quanto mais o outro conseguir ser ele mesmo, mais únicos nós seremos.
Nenhum floco de neve é totalmente igual a um outro.
Mas a neve só acontece quando todos estão juntos.
Nenhum grão de areia é igual a um outro grão qualquer.
Mas a praia só acontece quando todos estão juntos.
A humanidade, na sua versão mais viva, só acontece quando todos nós estamos nos expressamos de forma mais singular e única.
Dentro do movimento da vida, que acontece e oscila entre um harmonioso equilíbrio e um caos transformador, as nossas experiências vão se redesenhando.
Em determinados momentos podemos vir a vivenciar algum dos extremos destas duas possibilidades.
Se formos para o extremo da harmonia entraremos numa paz fora do tempo e do espaço.
Se formos para o extremo do caos atravessaremos desconfortos muito profundos, mas reveladores e transformadores.
Este movimento pendular se manterá, ora indo aos extremos ora não, até que encontremos o equilíbrio dinâmico mais confortável e agradável para cada um nós.
Quando este conforto é alcançado nós nos esforçamos para manter as condições alcançadas e que possibilitaram o tal equilíbrio.
O ritmo, a rotina, o minimalismo, e a simplicidade se tornam mais importantes e mais desejados para nós.
Cada um de nós é, e sempre será, o criador e o experimentador de si mesmo.
Quando estamos no movimento do pêndulo, em que nos lembramos mais disso, nos expandimos mais, passamos a nos sentir um só ser.
Mas o pêndulo nunca para!!!
Quando estamos no movimento do pêndulo, em que nos esquecemos, com mais facilidade, de que somos os criadores e experimentadores de nós mesmos, somos levados a acreditar, sem perceber, que o que vem de fora é o único responsável por tudo que nos acontece.
Podemos vir a sofrer muito neste fase.
Mas o pêndulo nunca para!!!
Estar em movimento é estar vivo.
Para se ter a experiência de ficar consciente, que é algo maravilhoso, é necessário, e imprescindível também, ficar Inconsciente antes.
Voltamos ao pêndulo.
E qual a importância disso tudo?
A importância é a certeza de que o pêndulo nunca para!!!
Não importa em qual direção estejamos.
O pêndulo nunca para!!!
Será que podemos mudar a direção do pêndulo a qualquer momento?
Sim!
E como?
Mudando a ação.
Mudando o pensamento.
Mudando a interpretação.
Mudando a emoção.
Conforme o que estivermos sentindo saberemos em que direção no pêndulo estamos.
E a partir daí, poder escolher continuar ou mudar a direção.
Cada momento é uma escolha.
Ou a agente escolhe, ou alguém escolhe pela agente, que ainda será uma escolha nossa: a escolha de deixar o outro escolher pela gente.
Para se esquecer de tudo isso é preciso deixar outros escolherem.
Para se lembrar de tudo isso é preciso assumir escolher por si mesmo.
E o pêndulo continua!!!
Podemos sair do pêndulo?
Não!
Mas podemos usar o pêndulo para marcar o ritmo em que desejamos dançar com a vida.
O pêndulo é uma das engrenagens principais da vida.
A vida pode ser vista como um pêndulo.
Não importa a direção.
Em algum momento ela vira.
João Pedro Pinto
Desinger
Redesenhando Pensamentos
ArteViva.site/Blog
E essa reflexão sobre a unidade, onde você usa dois exemplos: "Nenhum floco de neve é totalmente igual a um outro. Mas a Neve só acontece quando todos estão juntos". "Nenhum grão de areia é igual a um outro qualquer, mas a praia só acontece quando todos estão juntos"... Então dentro das percepções que consigo alcançar e dentro do que consigo compreender, esses diferentes níveis estão numa orquestra perfeita, quando percebo que nas minhas limitações, o outro pode me suprir e eu tenho algo que posso contribuir... Então,se permitimos nos unir, podemos ter uma orquestra perfeita...E viva a vida, e viva as diferenças, quando bem compreendida e aceita... Assim que compreendi, João😃🙏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Agredecemos o seu comentário, é muito estimulante e nos impulsiona a continuar!
Estava lendo e agradeço....